sexta-feira, 6 de dezembro de 2013


Sobre a Fórmula 1:

Quando criança nos anos 70, as lembranças mais distantes são de um jogo de tabuleiro da Estrela, com o traçado da antiga pista de Interlagos, com 6 carrinhos (preto, branco, azul, vermelho, amarelo e verde) que um amigo de infância chamado Fernando Rosa tinha. Ele era vizinho das minhas tias da Rua Tuiuti em São Paulo, onde eu passava minhas férias. Lembro que gostava de jogar este jogo e que ele fazia comentários durante a partida, falando da Lotus preta do Emerson Fittipaldi, da Brabham branca do Wilsinho Fittipaldi e da Tyrrell azul do Jackie Stewart. Não lembro de comentários dos carros das outras 3 cores, mas certamente o vermelho era uma FERRARI, do Niki Lauda ou do Clay Regazzoni . Coincidentemente, os nomes Fernando (Alonso) e Rosa (Pedro De La Rosa), vieram posteriormente, a fazer parte da história da F1 como pilotos . Depois disso, passei a ouvir sobre F1 através de meu primo Selmo, que gostava e assistia pela TV. Lembro que certa vez, também nos anos 70, estávamos no sítio de seu pai, brincando, quando ele disse que ia ver se conseguia ouvir pelo rádio a corrida que estava passando. No início dos anos 80, o Selmo e eu fomos a Interlagos de bicicleta, para andar na pista. Era longe e na volta quando falamos para a minha tia, levamos a maior bronca, mas valeu, posso falar que já pilotei em Interlagos ! São os momentos iniciais de minha ligação com a F1, que hoje, segundo minha esposa, é a minha amante ! Comecei a acompanhar mais de perto, em 1981, ano da conquista do primeiro título de Nelson Piquet. Acompanhei intensamente os anos 80, disparado os melhores, com a era dos motores turbo, e pistas e pilotos fantásticos que hoje fazem parte do passado. Não é mero saudosismo, mas a F1 de hoje é sem graça, artificial, engessada pelo excesso de regras que tiram muito da emoção, em nome da segurança. Os carros são tristemente iguais na aparência, dificultando até mesmo para quem acompanha, a identificação dos pilotos. Por envolver cada vez mais dinheiro, os pilotos de talento sem patrocínio, tem dificuldade em conseguir espaço, principalmente numa equipe de ponta. Mas, apesar disto, não consigo abandonar este vício. Tive o prazer de ir a Interlagos em duas oportunidades em 1995 e em 2001, quando levei meu pai . Ao vivo, a emoção é indescritível, nada comparado à transmissão pela TV. Som dos motores, velocidade, sol e chuva se alternando, adrenalina pura. A desvantagem é que com o passar da corrida, perdemos a noção dos posicionamentos após pit stop e abandonos ao longo da pista. Pela TV, a informação é total, mas como faz tempo, hoje com telões e sistemas de som, o público presente deve ter melhor noção do que está acontecendo. Para quem nunca foi, fica a sugestão, vale a pena, pena que custa caro !

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